A 17.ª edição do Rally de Portugal Histórico arranca, esta terça-feira, do Parque Eduardo VII, em Lisboa, para um percurso com mais de dois mil quilómetros, que atravessa diferentes regiões do país. A prova de regularidade histórica do ACP revive a história dos ralis em Portugal até ao próximo sábado.
Poucas provas de regularidade na Europa atingem o estatuto do Rally de Portugal Histórico, que este ano tem 81 equipas inscritas, oriundas de Portugal, Bélgica, França, Espanha, Itália, Letónia, Lituânia, Reino Unido, Rússia e Suíça. O prestígio e a dimensão internacional da prova do Automóvel Club de Portugal ficam expressos na percentagem de equipas estrangeiras – 87% – que, esta terça-feira, vão partir de Lisboa.
Para todos os concorrentes, o desafio é levar algumas das máquinas que fizeram a história dos ralis a um percurso de mais de dois mil quilómetros, por entre algumas das mais belas estradas e regiões de Portugal. De terça-feira a sábado (a prova termina às primeiras horas da madrugada de sábado), as equipas enfrentam quatro etapas e 10 secções.
Lisboa acolhe partida e chegada
Uma das grandes novidades da edição deste ano é a partida e chegada em Lisboa, com o Parque Eduardo VII a receber a caravana da prova. As máquinas que fizeram história nos ralis estão em exposição no início do recinto, junto à rotunda do Marquês de Pombal.
Esta segunda-feira, os concorrentes fazem as verificações administrativas na sede do ACP, na Rua Rosa Araújo. Depois, as máquinas do rali passam pelas verificações técnicas, no Parque Eduardo VII, entrando em parque fechado, até à partida oficial do rali, marcada para as 12h30 de terça-feira, numa cerimónia aberta ao público.
Os detalhes do percurso são secretos, como é próprio destas provas de Regularidade, mas as equipas vão passar por vários locais que ficaram para sempre associados ao Rally de Portugal.
A etapa de terça-feira leva os concorrentes da capital portuguesa até à Figueira da Foz. No dia seguinte, a ligação entre a Figueira da Foz e Viseu atravessa locais de grande beleza cénica na região Centro, como a Barragem da Aguieira. Na quinta-feira, Viseu é o local de partida e chegada da penúltima etapa, que terá também incursões já tradicionais às regiões do Minho e Trás-os-Montes. A longa e decisiva etapa de sexta-feira, com início em Viseu, leva os concorrentes de regresso a Lisboa, mas com passagens emblemáticas por Arganil e pela famosa noite de Sintra, que antecede a chegada ao Parque Eduardo VII, em Lisboa.
Máquinas com história
No pelotão estão os vencedores do ano passado, os belgas Yves Deflandre e Jennifer Hugo, que em 2022 levaram o seu Porsche 911 ao terceiro triunfo no Rally de Portugal Histórico, igualando o recorde de triunfos de João Mexia Leitão e Nuno Sales Machado.
O francês Christophe Berteloot, navegado pelo belga Baptiste Gengoux, também repete presença este ano, tentando melhorar o segundo lugar do ano passado, ao volante de outro Porsche 911 SC.
O carro alemão é uma das máquinas mais competitivas em provas deste género, mas o parque automóvel do Rally de Portugal Histórico é variado e inclui modelos como um Austin Healey 100/6 de 1957, o carro mais antigo em prova, diferentes versões do Ford Escort RS, dois Alfa Romeo Giulia Sprint, um Opel Ascona, um Chevrolet Camaro, ou exemplares mais contemporâneos, como os Renault 5 GT Turbo ou os Lancia Delta Integrale.