Um admirável mundo novo. Com apenas 19 anos, Guilherme Oliveira estreou-se no maior e mais competitivo campeonato de GT do mundo, o GT World Challenge Europe Endurance Cup, que arrancou na pista francesa de Paul Ricard. O jovem piloto português fala da “experiência inesquecível” de correr num pelotão com 55 carros (!), conseguindo o 12.º lugar da categoria ao volante do Porsche 911 GT3 R, partilhado com o austríaco Philipp Sager e com o alemão Marvin Dienst.
A (ainda curta) carreira de Guilherme Oliveira já inclui várias vitórias e momentos importantes, desde os 15 títulos conquistados no Karting em Portugal e Espanha, às excelentes indicações que deu na Fórmula 4, ao vice-campeonato da Europa de LMP3 (ELMS), ou a oportunidade de correr nas mais emblemáticas pistas nos Estados Unidos, como Daytona ou Indianápolis.
No passado fim de semana, o jovem piloto de Vila Nova de Gaia teve outro momento para mais tarde recordar, ao estrear-se no GT World Challenge Europe Endurance Cup, o maior e mais competitivo campeonato do mundo de GT3, com um espetacular pelotão de 55 carros construídos pela Porsche, Ferrari, Mercedes-Benz, Audi, Aston Martin, Lamborghini, BMW McLaren e Ford
Foi neste ambiente ultracompetitivo que Guilherme Oliveira se estreou com a equipa italiana Dinamic GT, nas 3 Horas de Paul Ricard, onde partilhou o novo Porsche 911 GT3 R com o dono da equipa, Philipp Sager, e com o ex-piloto do DTM, Marvin Dienst. Sem ter realizado o teste pré-evento em Paul Ricard, Guilherme Oliveira teve de se readaptar à pista francesa, onde correu em 2022 na época em que se sagrou vice-campeão da ELMS.
A qualificação foi difícil para o Posche da equipa italiana, mas Guilherme Oliveira, Phillip Sager e Marvin Dienst estiveram em modo de recuperação durante toda a corrida, principalmente o piloto alemão, o mais experiente com o 911 R GT3, que fez o turno final rumo ao 12.º lugar da Bronze Cup, categoria que tinha quase duas dezenas de carros.
Entre a elite
“Foi uma experiência inesquecível, mas também uma espécie de terapia de choque!”, afirmou Guilherme Oliveira no final. “A atmosfera e a competitividade do GT World são incríveis. Ver 55 carros de marcas tão emblemáticas e com tantos pilotos de topo é um cenário incrível, sentimos mesmo que estamos entre a elite das corridas de Endurance de GT. E dentro de pista é impossível não sentir uma emoção extra, porque estamos constantemente a discutir posições com alguém. A nossa corrida não foi fácil, porque ainda nos estamos a adaptar ao carro e a esta realidade, mas o Phillip (Sager) também fez um excelente trabalho e depois o Marvin (Dienst) colocou-nos dentro do top 10 da Bronze Cup, apesar de termos descido a 12.º devido a uma penalização. Pessoalmente, foi um fim de semana muito importante, porque nos dá resiliência e nos obriga a encontrar soluções para a adversidade, num campeonato hipercompetitivo. Logo depois da corrida fomos testar para encontrarmos as melhores afinações e ficarmos mais confortáveis com o carro, que tem um estilo de pilotagem particular. Muito obrigado a todo o staff da Dinamic pelo trabalho! Agora temos um dos pontos altos da nossa época, que são as 24 Horas de Spa-Francorchamps, outra daquelas provas que qualquer piloto sonha disputar”, referiu o jovem piloto português.
As famosas 24 Horas de Spa-Francorchamps celebram 100 anos de história entre os dias 26 e 30 de junho.