– Aos comandos de um Nissan 370Z, Miguel Faísca esteve em bom plano em mais uma prova em Inglaterra
– Com os resultados conquistados em Donington, o português está cada vez mais perto de conquistar a licença internacional. A par da experiência, este é o grande objectivo do programa que a Nissan está a desenvolver até ao final do ano
O português vencedor da edição deste ano do GT Academy cumpriu, este fim-de-semana, mais uma etapa da sua aprendizagem como piloto de corridas reais. Na pista de Donington, Miguel Faísca participou na jornada a contar para o Arrowpak Euro Saloon & Sports Car Championship, um campeonato com um regulamento técnico muito liberal e que conta com a participação de viaturas bastante diversas, a grande maioria bastante mais potentes do que o Nissan 370Z (quase de série) que tem à disposição até ao final do ano.
Deste modo e, em função das restrições, são positivos os resultados conquistados nas duas corridas de Donington deste fim-de-semana. Na primeira, Miguel Faísca foi o 13º classificado da geral (9º da classe), com o jovem piloto nacional a admitir que “o mais importante foi ter realizado mais alguns quilómetros em competição e ter conhecido uma pista incrível como a de Donington”. Na segunda corrida, o resultado ainda foi mais positivo – 8º da geral e 7º da classe – mas o jovem piloto nacional desvaloriza a proeza: “Ninguém nos pede resultados. Só nos pedem para absorvermos o máximo de informação possível e terminarmos as corridas, pois sem isso não conseguimos as ´assinaturas´ necessárias para a licença internacional. É apenas nisso que estamos focados, mas não deixa de ser interessante lutarmos em pista com automóveis que fazem as delícias de qualquer apaixonado de desporto automóvel. De facto, Inglaterra é um caso único no panorama do automobilismo e, também por esse motivo, estas primeiras semanas como piloto oficial da Nissan têm sido fantásticas. É um sonho que estou a viver», sublinha o lisboeta.
Como faz questão de sublinhar António Pereira Joaquim, director da Nissan Iberia – Sucursal Portugal, até ao final do ano, o Miguel Faísca não tem de pensar em resultados, mas sim em cumprir com aquilo que lhe é pedido: adquirir experiência e somar as ´assinaturas` suficientes para ter a licença internacional. Sem isso, não se pode dar início ao programa internacional e esse objectivo é transversal aos restantes vencedores do GT Academy”.
Até ao final do ano ainda está prevista a participação em algumas corridas, mas sobretudo um intenso programa físico e psicológico e vários cursos de condução. “Quase não temos dias de descanso, mas isso não importa”, confessa Miguel Faísca. “Os desafios são sempre diferentes e, no que me diz respeito, tenho consciência que só com enorme esforço e determinação é que posso sonhar em estar ao nível dos anteriores vencedores do GT Academy, hoje, pilotos bastante respeitados em qualquer ´paddock´”.
FIM