A missão parecia impossível, mas a Renault Sport aceitou o desafio: 275 cavalos de potência – mais 10 do que as versões anteriores –, sistema de escape com assinatura da Akrapovič, novos amortecedores Öhlins e pneus específicos da Michelin… A série limitada Mégane R.S. 275 Trophy é o resultado da busca incessante da perfeição e é a versão que serviu de base à unidade que “pulverizou” o recorde de Nürburgring para as viaturas de tracção dianteira.
“Não tenha medo da perfeição. Você nunca a vai atingir”. É bem provável que os ‘artesãos’ da Renault Sport tenham adoptado a frase de Salvador Dali como lema. As diferentes versões do Mégane R.S. demonstram que a marca nunca receou tornar ainda mais perfeito o perfeito, contrariando a tese de que se estraga tudo quando se pretende fazer bem de mais… A prova disso mesmo é o Mégane R.S. 275 Trophy.
Uma série limitada que reforça o Mégane R.S. como a incontornável referência entre os desportivos de tracção dianteira. Na mítica pista de Nürburgring Nordschleife, o modelo é ‘só’ o mais rápido de tracção dianteira e um dos 100 mais rápidos automóveis da história do ‘Inferno Verde’, intercalado – imagine-se! – por um Porsche 911 GT3 e por um Ferrari F430.
275 cavalos de potência
Mas em que é que o Renault Mégane R.S. 275 Trophy se distingue das versões precedentes? Não é no chassis que, por razões óbvias, é o Cup. Já a potência é um dos factores diferenciadores, como se depreende, desde logo, pela designação. O motor de 2.0 litros, turbo, passa a debitar 275 cavalos, mais 10 que as versões até agora comercializadas.
Os engenheiros procuraram aumentar o pico de binário às 5.550 rpm, através dos parâmetros da gestão electrónica. E, ao aumentarem o binário nesse regime para 349 Nm (+10 Nm), aumentaram a potência para 275cv (201 kW). Contudo, o binário máximo de 360 Nm, disponível entre as 3.000 e as 5.000 rpm, mantém-se inalterado. Sublinhe-se que os parâmetros máximos de potência e binário só estão disponíveis através da selecção dos modos Sport ou Race, no sistema de condução dinâmica R.S. Drive.
Os progressos alcançados no motor são perceptíveis, não apenas no binário e na curva de potência, mas também na dinâmica de condução do Mégane R.S. 275 Trophy. Ao volante, é evidente uma (ainda) melhor resposta nas recuperações, evitando-se dessa forma o recurso à caixa de velocidades. A sensação de aceleração foi aumentada até ao limite das rotações, que é agora de 6.800 rpm na primeira e na segunda velocidade.
Apesar dos 10 cavalos adicionais, os consumos e as emissões, mantêm-se, respectivamente, nos 7.5 l/100 km (em ciclo misto) e nas 174 g CO2/km – valores reduzidos que se justificam pelo Stop & Start.
Escape Akrapovič e amortecedores Öhlins
O sistema de escape, com assinatura da Akrapovič, é outra das novidades do Mégane R.S. Trophy 275. A prestigiada marca de escapes para motos e desporto automóvel desenvolveu um sistema em titânio que, para além dos efeitos em termos de redução do peso, ainda confere uma sonoridade específica, para deleite dos indefectíveis de emoções fortes.
Outra inédita parceria foi estabelecida com a Öhlins, uma referência mundial em amortecedores. A marca desenvolveu para o Mégane R.S. 275 Trophy uma solução derivada dos ralis e do Mégane R.S. N4, em particular: ‘Öhlins Road&Track’, amortecedores de 1 via, reguláveis e com molas em aço. E se as anteriores versões impressionavam (também) pelo comportamento, imagine-se agora com um desenvolvimento herdado da competição…
Ainda em matéria de ligações ao solo, não menos importante são os pneus. Aliás, em competição é consensual que é – muito! – mais fácil ir buscar um segundo aos pneus do que a um motor… Nesse sentido, a Michelin e a Renault Sport desenvolveram para o Mégane R.S. 275 Trophy os MICHELIN Pilot Sport Cup 2. Pneus de elevada performance, também vocacionados para a pilotagem em circuito.
Exclusividade no exterior e no habitáculo
Mas esta série limitada não oferece “apenas” desenvolvimentos técnicos. A exclusividade não passa despercebida em diversos detalhes estilísticos. Na carroçaria, a ‘assinatura’ «Trophy» está presente na lâmina dianteira tipo F1, nas portas e em grande destaque nos painéis traseiros dos dois lados da carroçaria. Opção a ter em conta são as novas jantes de 19 polegadas « Speedline Turini » pretas, derivadas dos Mégane de competição. Ainda no exterior, uma referência para o embelezador em carbono da saída do escape, com a assinatura Akrapovič bem visível.
No interior, o primeiro impacto é dado pelos embelezadores numerados da soleira das portas, que reafirmam o carácter exclusivo desta série limitada. O fundo das portas tem um padrão axadrezado. Os bancos da Recaro em couro e alcântara são autênticas ‘bacquet’ de competição, com a assinatura «Renault Sport» presente nos apoios de cabeça. Destaque, ainda, para o volante e o fole do travão de mão em alcântara e para a pega da caixa de velocidades Zamac.
Sistema de telemetria de superdesportivo
Ou seja, pequenos grandes detalhes que nos remetem para o universo da competição. Aliás, ainda no habitáculo, o sistema de telemetria R.S. Monitor 2.0 confirma isso mesmo. Integrado no R-Link (o tablet multimédia integrado com as funções multimédia de navegação, rádio, telefone e audiostreaming Bluetooth®, entradas para aparelhos portáteis e serviços online), a segunda geração do R.S. Monitor pode mesmo ser considerado o mais completo sistema de telemetria montado em fábrica num automóvel de grande produção, mesmo comparando com alguns superdesportivos. Já no segmento, é uma proposta… única!
Por estar incorporado no R-Link, o R.S. Monitor 2.0 beneficia da amplitude conferida pelo ecrã de sete polegadas em 3D, com comando táctil ou através do joystick colocado na consola central. Os grafismos, as cores, mas também as múltiplas informações e funções que encerra constituem uma significativa evolução em relação à anterior versão do R.S. Monitor.
Na realidade, o R.S. Monitor 2.0 satisfaz até o mais exigente amante de condução desportiva, tantas são as informações que disponibiliza:
– Os “Manómetros” com informação da temperatura de água, óleo do motor, caixa de velocidades, embraiagem; mas também com informação do binário, potência do motor, admissão de ar, combustível, ângulo do volante, etc…
– Os “Gráficos de Barras” que mostram os valores dos parâmetros escolhidos de forma numérica e gráfica, como binário, potência, pressão do turbo, etc… – O “Gráfico de Performance”, que mostra as variações das acelerações em função da distância e/ou velocidade;
– O “Diagrama G-G”, que indica a performance máxima através da combinação entre a aceleração longitudinal e lateral. Um diagrama G-G é específico para cada velocidade;
– O manómetro de “Aderência das Rodas Motrizes”, que monitoriza o funcionamento do diferencial, indicando a repartição de binário entre as rodas dianteiras (motrizes) em função da aderência do momento;
– Os gráficos “Curvas Motor”, que permitem visualizar as curvas de potência e binário do motor, bem como os valores representativos do regime de utilização; – O “Osciloscópio” que, em função do parâmetro (potência, temperatura, binário, etc…) escolhido pelo utilizador, mostra a sua variação de forma gráfica e através de um manómetro;
– O “Cronómetro”, que permite medir o tempo decorrido entre um ponto de partida e um ponto de chegada definidos pelo utilizador;
– O “Cronómetro GPS”, que permite medir o tempo decorrido entre um ponto de partida e um ponto de chegada definidos pelo utilizador, apesentando o percurso/circuito realizado;
– A “Aquisição de Dados”, que permite a gravação de todos os dados num dispositivo de armazenamento USB, informando ainda o espaço e o tempo disponíveis;
– O “R.S. Manutenção”, que avalia o estado do desgaste dos pneus, amortecedores, pastilhas e discos de travão e, em função desses dados, estabelece uma previsão para a próxima manutenção.
Em Portugal, o novo Renault Mégane R.S. beneficia, tal como os restantes modelos da gama Renault, da garantia contratual de cinco anos, estando disponível na Rede de Concessionários por 44.150€.