EUROPEU TERMINA EM APOTEOSE COM QUASE 2000 ATLETAS EM ACÇÃO NO ÚLTIMO DIA DE CAMPEONATO
- Estafetas juniores deram vislumbre do futuro; Katarina Larsson conquista segundo título europeu; Portugueses totalizam 9 medalhas na competição; Provas Open foram sucesso de adesão.
O Campeonato da Europa de Lisboa – Médis 2016 Lisbon ETU European Championship terminou em festa, com os Age Groups, estafetas de elite, estafetas de juniores e prova aberta a colocarem cerca de 2000 atletas em acção milhares de pessoas a assistir, entre o MEO Arena e as áreas circundantes, no Parque das Nações.
Um sucesso organizativo mas também desportivo, com Portugal a mostrar um pouco as cartas do seu futuro, com duas equipas de estafetas juniores a darem luta às potências mundiais, e os Age Groups a conquistar mais sete medalhas, num total de 9 galardões no Europeu.
Individualmente, Katarina Larsson destacou-se, somando mais um título europeu — de Age Groups 30-34 anos, distância olímpica— àquele que já havia conquistado, sexta-feira, na prova “sprint” também de Age Groups. Feito seguido de perto pelo veterano Miguel Fragoso, que repetiu o bronze no escalão de 50-54 anos.
“Sonhava conseguir mais uma medalha, mas outro ouro?…nunca pensei!”, assumiu efusivamente a atleta nascida na Suécia.
Destaque também para os títulos europeus de Diogo Nóbrega (18-19 anos), Márcio Neves (30-34) e para as medalhas de bronze de Rodrigo Baltazar (35-39), Carlos Cabrita (60-64) e Maria Medeiro (18-19), também na prova de Age Groups standard
de hoje.
JUNIORES PORTUGUESES EM CRESCENDO
Depois das medalhas nos Age Groups, foram os juniores portugueses a deixar boas indicações, numa prova ganha pela Grã-Bretanha, com Espanha e Alemanha a conseguirem a segunda e terceira posições.
Por Portugal, duas equipas muito jovens a cumprirem o objectivo proposto pela Federação de Triatlo de Portugal: testar as suas capacidades num ambiente competitivo internacional e até a melhorar as suas prestações, em 7º e 13º lugares.
“Conseguimos melhorar o resultado de há dois anos, em que fomos oitavos, mesmo com a Vera Vilaça um pouco abaixo da melhor forma devido a uma lesão no joelho. E depois foi fantástico competir aqui, com este ambiente. É, como todos dizem, uma experiência única”, explicou Tiago Fonseca, que com Gabriela Ribeiro, Vera e Vasco Vilaça compôs a primeira equipa nacional.
A segunda equipa nacional contou com os jovens Mafalda Costa, Miguel Silva, Rita Fardilha e Duarte Brás.
INGLESES DOMINAM
Na estafeta mista de elites, prova em que Portugal esteve ausente pela baixa de Melanie Santos, a contas com um ligeiro síndrome gástrico, a Grã-Bretanha mostrou, mais uma vez, porque é uma das potências mundiais da modalidade. Os britânicos conquistaram o ouro graças ao esforço da campeã da Europa India Lee, de Grant Sheldon, Thomas Bishop e Lucy Hall, face a uma Rússia que se apresentou na máxima força com os dois irmãos Polyanskiy, Dmitry e Igor, Alexandra Razarenova e Mariya Shorets. A Hungria fechou o pódio com Margit Vanek, Szófia Kovacs, Akos Vanek e Tamás Toth.
A FESTA
O campeonato encerrou com a estafeta Open e a corrida Open, provas acessíveis a todos aqueles que se quisessem inscrever, com distâncias “super sprint” (300 metros de natação, 8 km de ciclismo e 2 km de corrida a pé) e que reuniram cerca de uma centena de entusiásticos amadores. No fundo, as duas provas que incorporam o lema desta competição: “Triatlo para Todos”.
Para Fernando Feijão, presidente da Federação de Triatlo de Portugal, este foi também um desafio pessoal “superado”:
“Foi um dos maiores desafios que enfrentei em 60 anos de vida mas penso que foi superado com distinção. Só tenho de agradecer a toda a estrutura da Federação, mas também a todos os voluntários e patrocinadores que nos ajudaram a colocar este evento monumental de pé. E tivemos a recompensa através do reconhecimento do público que encheu o MEO Arena e ‘empurrou’ os atletas para a meta. Conseguimos cumprir o desafio de fazer esta enorme festa e estamos todos de parabéns.”
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