Preparando o regresso ao Rali Dakar em janeiro de 2014, de novo para representar as cores do maior fabricante automóvel privado da China, a Great Wall Motors, Carlos Sousa vai participar, já a partir deste domingo e até ao próximo dia 29 de setembro, na 1ª edição do Grande Rali da China. A prova, uma espécie de Dakar asiático, será disputada ao longo de 6 mil quilómetros e 15 etapas, ligando a capital Pequim à província de Gansu, no noroeste da China…
Oito meses depois de completar o seu 14º Dakar, terceiro ao serviço da equipa Great Wall Motors, Carlos Sousa está de regresso à competição, iniciando, já a partir deste domingo, 15 de setembro, em Pequim, a participação na primeira edição do Grande Rali da China, considerado uma espécie de Dakar asiático, quer pela sua extensão, quer pelos meios envolvidos na sua organização.
Com estatuto de cabeça-de-cartaz da prova idealizada e dirigida pelo francês Hubert Auriol, Carlos Sousa, que recentemente prolongou a sua ligação à Great Wall Motors, será um dos 120 participantes a largar, amanhã, do Estádio Olímpico de Pequim, para esta longa e debutante maratona, disputada ao longo de 6.008 quilómetros, divididos por 15 etapas.
“Será a minha estreia competitiva no continente asiático e uma oportunidade fantástica para ganhar algum ritmo competitivo e preparar a participação no próximo Dakar”, afirma Carlos Sousa, que nesta participação voltará a fazer dupla com Miguel Ramalho.
“É uma prova completamente nova, pelo que não sei o que poderemos esperar em termos de dificuldades. Em todo o caso, acredito que a passagem pelo deserto de Gobi (o quinto maior do mundo em extensão) poderá constituir o ponto alto deste rali”, admite o piloto, sem rejeitar alguma dose de favoritismo.
“Vou entrar nesta prova para dar o meu melhor e, se possível, lutar pela vitória, aproveitando a nossa experiência. Sei que há algumas equipas europeias inscritas, embora a grande maioria sejam pilotos locais, cujo nível competitivo desconheço. A exceção é mesmo o meu colega de equipa – o chinês Zhou Yong – que se preparou bastante para esta prova e poderá ser um forte adversário, pelo seu conhecimento privilegiado do terreno”.
“Em todo o caso” – e tal como sublinha Carlos Sousa –, “mais do que o resultado desportivo, quero mesmo é fazer quilómetros e validar as últimas evoluções introduzidas no SUV Haval, nomeadamente ao nível das suspensões e da gestão eletrónica do motor. Duas novidades que, pelo que já pude constatar em França, durante um curto teste que realizámos no final de agosto, poderão representar um importante salto competitivo em termos de performance. Agora, é preciso encontrar o melhor setting”, revela o português, já com os olhos postos no Dakar 2014.
“Costumo sempre dizer que, se uma equipa quiser ter a ambição de lutar por um pódio no Dakar, precisa evoluir o seu carro a cada seis meses… Continuamos muito longe do potencial e dos meios à disposição das principais equipas do pelotão, mas vamos, pelo menos, procurar não baixar a nossa performance”, conclui Carlos Sousa, que nas três últimas participações no Dakar com a Great Wall Motors garantiu sempre um fantástico 6º lugar da classificação final.