Os problemas de suspensão repetiram-se pelo segundo dia consecutivo, mas Carlos Sousa aproveitou a zona de dunas no final da 6ª etapa para atenuar as limitações e, também com uma navegação perfeita, estabelecer o13º melhor tempo do dia. O piloto da Mitsubishi Petrobras ascendeu ao 8º lugar da geral, mas receia que as dificuldades se repitam durante a especial de amanhã.
Depois de ontem ter caído para fora dos dez primeiros, a dupla Carlos Sousa/Paulo Fiuza ascendeu hoje ao 8º lugar da classificação geral, depois de ter conquistado o 13º tempo na etapa de hoje, disputada entre Antofagasta e Iquique, no Chile.
Pelo segundo dia consecutivo, a suspensão do ASX Racing voltou a ser o grande ‘adversário’ dos pilotos portugueses, limitando bastante o seu andamento ao longo de praticamente toda a especial.
“Tínhamos esperança que os problemas de ontem não se repetissem na etapa de hoje, mas a verdade é que, logo na parte inicial da especial, a suspensão voltou a perder toda a sua eficácia. Logo aos primeiros da estrada, os amortecedores ficaram sem pressão, deixando de absorver as irregularidades do terreno… Perdemos bastante tempo porque era impossível andar mais rápido sem destruir completamente o carro. Fisicamente também foi muito desgastante, porque a parte inicial da especial tinha muito mau piso. Foi realmente difícil encontrar forças para ultrapassar esta fase do percurso e prosseguir em prova”, desabafou Carlos Sousa.
Felizmente, a parte final do percurso levou os concorrentes até aos maciços dunares que dominam a costa do Pacífico, permitindo à equipa aumentar o ritmo e compensar algum do tempo perdido no início da especial.
“Na zona de dunas, onde o trabalho da suspensão não é tão relevante, conseguimos recuperar alguma coisa, também porque o Paulo (Fiuza) fez uma grande navegação”.
Surpreendido com o resultado final – “até porque não estava mesmo nada à espera de conseguir subir mais alguns lugares na geral” –, Carlos Sousa mostra-se, porém, bastante apreensivo com o dia de amanhã.
“Não sei como será a próxima etapa… Estamos a chegar a uma fase decisiva na prova e temos que encontrar rapidamente uma solução para os problemas de suspensão que enfrentámos há já três dias”, rematou o piloto português.
Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, no outro ASX Racing inscrito pela Mitsubishi Brasil, concluíram hoje a especial no 18º lugar, subindo ao top-20 da geral.
CLASSIFICAÇÃO – ETAPA 6
1º Gordon/Campbell (Gordini), 1h38m40s
2º Al-Attiyah/Baumel (MINI), + 32s
3º De Villiers/Von Zitzewitz (Toyota), + 1m28s
4º Alrajhi/Gottschalk (Toyota), + 1m59s
5º Roma/Périn (MINI), + 2m02s
(…)
13º SOUSA/FIUZA (Mitsubishi), + 18m11s
18º SPINELLI/HADDAD (Mitsubishi), + 27m33s
GERAL – APÓS ETAPA 6
1º Al-Attiyah/Baumel (MINI), 18h32m38s
2º De Villiers/Von Zitzewitz (Toyota), + 11m31s
3º Alrajhi/Gottschalk (Toyota), + 21m56s
4º Holowczyc/Panseri (MINI), + 54m33s
5º Van Loon/Rosegaar (MINI), + 1h00m42s
(…)
8º SOUSA/FIUZA (Mitsubishi) + 1h42m45s
20º SPINELLI/HADDAD (Mitsubishi), + 4h00m20s
A ETAPA DE AMANHÃ
Etapa 7: Iquique – Uyuini (Bolívia)
Total: 717 km
Especial: 321 km
Os automóveis enfrentam este sábado a primeira parte da Etapa Maratona. Para começar, a longa ligação impõe despertar matinal, antes de uma subida progressiva até mais de 3.500 metros de altitude. Uma vez nos altos planaltos, a partida da especial é dada com a recomendação de seguir o road-book de forma escrupulosa, devido aos muitos cruzamentos. A condução nas dunas e as longas extensões de areia farão a diferença até à chegada ao Bivouac.