- Festa do automobilismo juntou mais de 35.000 pessoas
- Tetracampeão do Mundo de Ralis, Juha Kankkunen, distribuiu simpatia pelos fãs
- Vitória foi para Mário Barbosa (Citroën DS3 WRX)
Em dia de importantes escolhas para o país, os cidadãos do Porto e Norte do país não se fizeram rogados e decidiram dar o seu voto de confiança ao… Motorshow Porto 2015.
O evento, que é já uma das maiores referências em festivais de desportos motorizados a nível ibérico e o maior no território nacional, voltou a reunir milhares de pessoas nos pavilhões da Exponor e, nem o dever cívico de voto nas eleições legislativas, nem o aparecimento da chuva, travou o entusiasmo dos aficionados do automobilismo, que responderam em massa aos apelos da adrenalina da competição.
Durante três dias, cerca de 35.000 pessoas passaram pelo evento do Grande Porto que, mais uma vez esteve associado ao Salão AutoClássico, também ele catalizador de inúmeras paixões pelo fenómeno automóvel, quer pela quantidade, quer pela raridade dos modelos clássicos que estiveram em exposição.
Privilegiando o contacto direto entre o grande público e pilotos, e oferecendo a espectacularidade da ação que só os carros de competição conseguem proporcionar, não ficaram dúvidas que o Motorshow Porto 2015 voltou a deixar uma marca de sucesso, naquela que foi a sua 13ª edição.
Desportivamente e, no dia de todas as decisões, foi o Tetracampeão do Mundo de Ralis, Juha Kankkunen, quem concentrou as maiores atenções, mesmo se não foi além da quarta posição final no “Troféu Piloto Motorshow”. Mas, o que o finlandês – que confessou ter cerca de 2,5 milhões quilómetros ao volante de carros de ralis – perdeu em resultado, ganhou em popularidade, espalhando simpatia pelos inúmeros fãs que não deixaram de reconhecer o seu talento e afabilidade.
Nas suas palavras, “a experiência de regressar a Portugal foi fantástica. Revi velhos amigos, conheci gente nova e verdadeiramente apaixonada pelo desporto automóvel e isso é sempre bom. Já estive muitas vezes neste tipo de Motorshow’s e este foi dos que gostei pela experiência da pista exterior e pelo ambiente que se vive à sua volta, que é incrível. Competitivamente, já não guiava um carro de Grupo N há alguns anos e nunca os apreciei muito, pois não os considero verdadeiros carros de ralis. Em todo o caso, foi uma experiência positiva e diverti-me bastante”.
A vitória final acabou nas mãos de Mário Barbosa, que impos o Citroën DS3 WRX a mais de 60 adversários, depois triunfar na Super Final, que também coroou Joaquim Alves (Skoda Fabia S2000) e Vítor Pascoal (Mitsubishi Lancer Evo VIII) nos restantes lugares do pódio.
Na ótica do vencedor, “foi um triunfo fantástico e logo na primeira vez em que participei. No fundo, foi chegar, ver e vencer e estou muito contente. Mas foi mais difícil do que se possa pensar, pois só na Super Final conseguimos afinar a suspensão do carro corretamente e colocar o carro em perfeitas condições para atacar a vitória”.
Em jeito de balanço e depois de três dias de intensa atividade, Pedro Ortigão, principal responsável pela Xikane, a entidade organizadora e promotora do evento, não podia deixar de se mostrar satisfeito com a forma como tudo decorreu: “o balanço só pode ser muito positivo, pois mesmo em dia de eleições e, com a presença da chuva, conseguimos aumentar o número de visitantes do evento, o que é deveras gratificante. Voltamos a reunir alguns dos melhores pilotos nacionais e a ideia é aumentar esse contingente no próximo ano, num evento que tem e terá sempre como objetivo que os pilotos possam promover e divulgar os seus projetos”, referiu.
Para o mesmo responsável, “para 2016 também existirão pequenas evoluções e manteremos a política de trazer um piloto internacional para abrilhantar o evento, com quem, neste caso, já estamos em avançadas negociações e que pensamos poder anunciar logo no início do próximo ano”, sublinhou.
Boas perspetivas, portanto, para o Motorshow Porto 2016!