Mesmo realizando cerca de 250 km sem a proteção do pára-brisas do Opel Mokka Proto, consequência de um toque numa árvore que obrigou a equipa a prolongada paragem na Assistência, dupla de Portalegre não baixou os braços, vindo a terminar num fantástico 4º lugar
Numa prova duríssima e repleta de incidências logo a partir da Super Especial, Nuno Matos e Filipe Serra resistiram a praticamente tudo – incluindo a um toque numa árvore que deixou o Opel Mokka Proto sem pára-brisas desde o km 104 – para concluírem a Baja Terras de Alcoutim num improvável 4º lugar da classificação final.
Depois de na véspera terem forçado uma penalização de 1m para evitarem o pó de um concorrente mais lento que partia à sua frente na Super Especial, não deixa de ser irónico que Nuno Matos e Filipe Serra cumpriram hoje praticamente todo o percurso do Setor Seletivo sem a proteção do pára-brisas do seu carro, num incidente que quase precipitou o seu abandono, numa altura em que até já lutavam por um lugar no pódio.
“Quando vi o estado em que ficou o carro após o toque que demos na ramagem de uma árvore, a minha reação imediata foi dar a corrida por terminada logo ali, porque achei que era impossível continuar naquelas condições… Só passados alguns minutos é que decidimos continuar e tentar, pelo menos, chegar à Zona de Assistência”, contou Nuno Matos, após acumular um atraso superior a 28m e baixar de 3º para 10º da geral.
“Após retirarmos os vidros que ainda restavam no pára-brisas e improvisarmos uns óculos que nos protegessem do pó, regressamos novamente à corrida, na esperança de recuperarmos ainda alguns lugares na classificação”, revelou.
Frescos e revigorados pela paragem, Nuno Matos e Filipe Serra assumiram uma toada de ataque até final, chegando a ser a equipa mais rápida em pista, recuperando 5m ao líder na última fase do percurso e conseguindo ainda chegar ao 4º lugar final.
“Apesar de todos os contratempos, demonstrámos uma vez mais o enorme potencial deste carro quando puxado ao limite. Temos de estar confiantes que o nosso dia chegará… Para já, resta-nos saborear este 4º lugar, que face a todas as condicionantes que enfrentámos acaba até por ser um resultado inesperado”, concluiu o piloto.
Completa que está a primeira metade do calendário, o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno (CPTT) inicia agora uma pausa de dois meses, regressando nos dias 7 e 8 de setembro com a Baja TT Proença-Oleiros.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
Cl. Piloto/Navegador Viatura Tempo/Dif.
1º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho Mitsubishi Racing Lancer 4h53m16,3s
2º Helder Oliveira/Filipe Palmeiro BMW Serie 1 proto a 5m18,4s
3º Pedro Grancha/Inês Ponte BMW Evo X1 a 18m55,4s
4º Nuno Matos/Filipe Serra Opel Mokka Proto a 26m32,5s
5º Edgar Condenso/Nuno Silva Izusu D-Max a 33m01,6s
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